segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

DICAS PARA A PRODUÇÂO DA SEGUNDA VERSÃO DA RESENHA

Escutem bem as dicas dos monitores  de LPTA do semestre passado, vão ajudar demais vocês na segunda versão da Resenha!! 
  • Não confundam Resumo e Resenha. A principal característica da resenha é o seu cunho crítico. Na crítica a ser feita, apresentam-se os fatos, o objeto, o assunto sobre o qual esta se realizando a crítica; descreve-se o que pretende realçar ou o objeto como um todo, e avalia-se. Em certa aula de LPTA, no meu tempo, o professor Júlio deu um exemplo muito bom: 
Vamos criticar um CD?
Por exemplo:
- Quem é o cantor?
- Fale um pouco da vida dele, da carreira, prêmios importantes, singles lançados...
- Descreva o CD que você está criticando. Fale sobre a temática das músicas, sobre suas divergências com outros trabalhos, suas qualidades e defeitos em relação à produção, a composição... etc. (Comparar é importante, pois você vai estar trazendo à tona características da área em que está inserido o objeto, no caso, a área musical.)
- Avalie, apontando qualidades ou defeitos, como no tópico anterior.
  • A estrutura da resenha não é fixa. Através de pesquisas feitas com resenhas publicadas em revistas e suportes reconhecidos, constatou-se que estes são os principais movimentos retóricos envolvidos na sua produção (apresentação, descrição e avaliação). Então, você pode sim, ao apresentar e descrever, avaliar.
  • Algumas pessoas podem pensar na palavra crítica como algo negativo, mas não é bem assim. Pode haver tanto críticas negativas quanto positivas.
  • IMPESSOALIDADE: Apesar de ser um gênero mais livre, em relação ao gênero resumo, pois aqui podemos expressar nossa opinião, não se animem muito. Como críticos nós devemos tentar ao máximo ser impessoais.
Aí vocês devem se perguntar:
Como assim? Não devo dar a minha opinião? Como uma opinião, uma avaliação minha pode ser impessoal?
Pois é, aí é que está.
O crítico tem que constatar defeitos ou qualidades de uma obra (ou seja lá qual for o objeto que esteja resenhando) da maneira mais justa possível.
O crítico tem grande poder nas mãos. Muitos já devem ter ouvido a máxima: Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades; sim, isto é verdade. Grandes obras da literatura brasileira reconhecidas hoje, na época em que foram lançadas não foram muito aceitas pela sociedade leitora e grande parte ‘da culpa’ foi com certeza da crítica feita a elas, então fica a dica: Cuidado com as palavras na ora de criticar.
Existe um texto de Machado de Assis (que além de grande escritor, foi um grande crítico) que pode nos ajudar a compreender isto. O título do texto é: O Ideal do crítico, onde Machado começa dizendo: “Exercer a crítica, afigura-se a alguns que é uma fácil tarefa, como a outros parece igualmente fácil a tarefa do legislador [...]” (1964), ou seja, o papel do crítico é comparado ao de um legislador, que dita regras, leis. Neste texto ele traça as principais virtudes que um crítico deve ter. Algumas delas são:
  1. Imparcialidade
  2. Independência – Independente da vaidade do autor e da dele mesmo. Independente em opinião.
  3. Tolerância
  4. Sinceridade
  5. Justiça
  6. Coerência
  • FORMATAÇÃO: Vocês já tiveram esta aula. Não se esqueçam de paragrafar o texto. Ao contrário do resumo, não se recomenda o uso de parágrafo único.
Não esqueçam de pôr a REFERÊNCIA do texto ou objeto resenhado.
Não importa se no início (preferível) ou no fim, ela tem que vir.
Coloquem a referência dos demais textos citados, se houverem, no fim da resenha.
  • BREVIDADE: Como mencionado acima, não esqueçam das diferenças entre resumo e resenha. A RESENHA é um gênero um pouco mais longo que o resumo, então, não sejam tão breves na apresentação e descrição. No nosso caso, não existe limite de palavras na resenha, LIBERTEM-SE!

Atenciosamente (e com esperança de que melhorem as produções com nossas dicas),
Os monitores de LPTA 2012.1 (Zilmara e Yunisson)

REFERÊNCIAS
ASSIS, Machado de. Crônicas, crítica, poesia, teatro. Org. de Massaud Moisés. 2ª ed. São Paulo: Cultrix, 1964.

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